Toda palavra contêm, em sua nódoa de carne e fúria, o caos
destravando as manhãs; detendo-se em línguas, lábios,
rachaduras que a voz reverbera.
De ígnea, a palavra seduz ao todo. Lavrada em aço
e chamuscada no dorso do tempo, infiltra-se nos poros
da pele
como a chuva por pétalas se atrae, entremeando seu corpo
líquido em fibras de delicadeza.
A vida implode
no que a palavra aguarda (em água) o tempo de nascer.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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3 comentários:
Metáfora perfeita. Nada melhor do que a palavra para lavar e ser lavada na solidão do poeta que recorre às letras.
Beijos!
em peso? PESADÍSSIMO!
Simplesmente genial, Marcelo!
Parabéns.
Bjo.
Com indicação da Talita vim aqui conhecer-te e pelo visto não foi engano... onde pesa a poesia pesa também os ditos poemas... nas sequências de ambiguidade... do ser e contradizer. abs meu caro.
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